Poema

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Retinas

Observadores silenciosos, os vitrais
Disfarçam-se em pontilhados coloridos,
Em alturas majestosas, ou círculos contidos,
Em arcos e pontas elevadas.

Não querem os campesinos
apontando suas rachaduras.
Não querem os citadinos
observando suas manchas.

Querem os viajantes desatentos,
a encantarem-se no mergulho
em tons quietos de passado e presente,
em cintilar etéreo a penetrar com a luz em suas retinas.

 

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Poema

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As Altas Janelas

São as altas janelas que não compreendemos.
Porque não há palavras.
Apenas a crença do vidro a subjugar a luz,
mas ela ultrapassa e abraça o espaço que é do homem, e também não é.
E por trás delas, e além,
apenas o céu e o ar azul.
E não há nada. Só o infinito.
Jazz

Jazz

A primeira vez que o vi foi perto do beco onde ele supostamente morava. Não no bairro mais perigoso da cidade, segundo as estatísticas, mas beirando esse índice. Meus amigos me advertiram sobre circular por lá, mas a bem da … Continuar lendo

Os anões, o alemão e o azulejo de Athos Bulcão

Os anões, o alemão e o azulejo de Athos Bulcão

— Eu já disse: prrecisa me soltarrr, investigadorrrr Almirrr. Eu sentia uma puta vontade de tocar uns petelecos na raiz do ouvido do alemão. O meliante não parara um só minuto de se remexer na cadeira. A cada segundo olhava … Continuar lendo