Poema

Poema

É nessa estrada onde me encontro,tangendo o céu acinzentado e o horizonte.É nesse ponto onde observo a trilhaquerendo vencer a jornada.O ocaso a avermelhar o verde da terra em desatino,a gritar o teu nome ao vento,é meu recomeço.Minha alma, em … Continuar lendo

Time loop

Time loop

Eu caminho apressado, frenético. Não percebo a largura de minhas passadas, e sim o formato dos seixos a correr debaixo de meus pés. Pedras irregulares a mostrar o desalinho da minha vida, ou daquela que eu tinha. Molhadas da chuva, … Continuar lendo

Esquecido – Claudia Jeveaux

Esquecido, poema de Claudia Jeveaux gentilmente cedido para esse espaço de leitura e escrita.

ESQUECIDO

Perco partes de mim, na luta constante.
Ora brigo como galo sem espora,
Ora berro tal bezerro desmamado.
Enquanto o tempo, impiedoso, vai embora.

Espero o renascer do sol caliente
Talvez aumente, à força, a energia
Desbastada e sugada na tristeza
Da fraqueza que minha vida irradia

Sigo as pistas que deixei na afasia
Recolhendo as mazelas do passado
Onde o tempo parecia acomodado
Onde eu tinha esperança em demasia

A cortina da verdade não se abriu
Rasga a carne, a mudança de estação
Guardo as dores na ferida condição
De um apêndice, esquecido, pelo chão.

* * * * * * * * * *

Poema inspirado em imagem.

Imagem: Evelyn Postali

Marialva e os homens pelados

Marialva e os homens pelados

Ninguém sabe precisar bem quando os homens começaram a nascer pelados. Pelados de cabelo, pelados de pelos. Não existia pentelho algum. Uma lisura única. Em todo o corpo. Pernas, axilas, virilha. As mulheres não. As mulheres continuavam com suas belas … Continuar lendo

Miniconto

Miniconto

Meu conto Dezesseis está no canal dAs Contistas. Narração e Edição – Fernanda Caleffi BarbettaImagens – CottonbroMúsica – The Goldberg Variations (BWV 988) – Johann Sebastian Bach O canal é um espaço de divulgação da Literatura. Um convite para conhecer … Continuar lendo

Poema

(Foto-manipulação; fotografia minha, modificada digitalmente)

Nesse tédio no qual me encontro,
nem as flores,
nem amores a sorrir me encantam.
Nem as vozes.
É um mal, uma constante dor,
um dissabor etéreo
de gosto estranho,
desabafo de terra e mar.
E, a fugir de mim o sopro eterno,
vai minha alma a cobrir tuas mãos amadas,
a manchar de tons funestos
o olhar, a boca avermelhada,
o bater de um coração,
em tempo,
ainda apaixonado.