A irresponsabilidade, assim como a maldade humana, não tem limites. E a Lei nunca é para todos. Nesse país, perto ou longe de nosso umbigo, a Justiça é, literalmente, cega, feita só para alguns, quando não é, ela mesma, cúmplice do desrespeito e da criminalidade. Na balança há, sim, dois pesos e duas medidas. Estamos anestesiados, mergulhados em uma letargia venenosa, porque aceitamos, muitas vezes, absurdos como se fossem algo normal, coisa banal, contravenções inconsequentes. Fechamos os olhos, calamos nossa voz e cruzamos nossos braços. Merecemos cada insulto à nossa inteligência e ao que ainda há de humanidade em nós.
Inclusive tem uma frase que diz que “cada povo tem o governo que merece’. A passividade acarreta uma sociedade que baixa a cabeça pros piores tipos de desgovernos oportunistas e opressores. Quem não se porta como povo, não recebe as benesses de um povo.