



Meus pensamentos viajam o tempo todo. Estou aqui, sentada à mesa de trabalho, pensando sobre escrever algo para o blog e a chuva que cai agora me faz lembrar de viagens inesquecíveis, de querer conhecer lugares distantes ou de saborear … Continuar lendo
GUIOMAR Na praia do Farol, nem o sol, nem o mar, nem o sossego da areia era mais requisitado do que o trabalho de Guiomar. No ofício, há mais de 20 anos, entregava o fado a homens e mulheres sem … Continuar lendo
Não tem microconto, mas, sim, um e-book gratuito para os leitores do meu blog. Boa leitura!
Procura-se coveiro com 2°grau de escolaridade completo, para enterrar mortos e realizar serviços adicionais, com básico de R$ 1500 mensais. A saber: o referido cargo não exige conhecimento imediato, mas acrescenta adicional se houver comprovação de experiência com inumações, cremações, exumações, … Continuar lendo
DESANIVERSÁRIOS Em um dia qualquer de maio, meu marido compartilhou uma foto nossa em uma rede social. A foto não era recente, mas tinha um texto de comemoração ao meu aniversário. Meu aniversário é em novembro. Estávamos em maio. Choveram … Continuar lendo
Recentemente, participei de um projeto maravilhoso, realizado com os recursos de apoio e incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba. O projeto reuniu 22 escritoras, sendo 11 do Paraná e outras 11 contistas convidadas – Elisa … Continuar lendo
SANGRIA
(Evelyn Postali)
— Tudo marra, tudo berra —¹
Coleirinho mestiço, livre de amarras
E aprisionado em terra tupiniquim.
Tudo é bode, tudo pode,
Não há tratado, não há regalo,
É luta incansável, dia sim, dia sim.
— Tudo marra, tudo berra —
Se Getulino ou Barrabaz,
Do agreste ninho, grita em voz partida,
Nada finda, atroz sangria,
É ainda, ainda agora,
No presente, nesta vida sofrida.
Coleirinho agreste, da Costa da Mina,
De poesia solta e ácida,
A ecoar satírica e burlesca
Nas entranhas desta terra.
Ainda é cor-estigma, ainda é bode,
Mal de nascença, preso à gaiola.
Ainda dói, ainda grita, ainda canta
O fogo da liberdade, ainda berra.
— Tudo marra, tudo berra —
Quero os grilhões quebrados,
Almas livres, a dor extirpada.
Quero a gama de cores
Em céu alvissareiro, Luiz,
E a igualdade exaltada.
Nota:
Poema escrito para a cartilha em homenagem a LUIZ GAMA.
1 QUEM SOU EU? (A Bodarrada) – em: Primeiras Trovas Burlescas de Getulino, de Luís da Gama – LITERATURA BRASILEIRA – Textos literários em meio eletrônico.
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