Crônica da Vida que Passa… (10)

Crônica da Vida que Passa… (10)

Meus pensamentos viajam o tempo todo. Estou aqui, sentada à mesa de trabalho, pensando sobre escrever algo para o blog e a chuva que cai agora me faz lembrar de viagens inesquecíveis, de querer conhecer lugares distantes ou de saborear … Continuar lendo

Guiomar – Miniconto

Guiomar – Miniconto

GUIOMAR Na praia do Farol, nem o sol, nem o mar, nem o sossego da areia era mais requisitado do que o trabalho de Guiomar. No ofício, há mais de 20 anos, entregava o fado a homens e mulheres sem … Continuar lendo

Poço das Almas – Evelyn Postali

Poço das Almas – Evelyn Postali

Procura-se coveiro com 2°grau de escolaridade completo, para enterrar mortos e realizar serviços adicionais, com básico de R$ 1500 mensais. A saber: o referido cargo não exige conhecimento imediato, mas acrescenta adicional se houver comprovação de experiência com inumações, cremações, exumações, … Continuar lendo

Crônica da Vida que Passa… (9)

Crônica da Vida que Passa… (9)

DESANIVERSÁRIOS Em um dia qualquer de maio, meu marido compartilhou uma foto nossa em uma rede social. A foto não era recente, mas tinha um texto de comemoração ao meu aniversário. Meu aniversário é em novembro. Estávamos em maio. Choveram … Continuar lendo

Banquete – Áudio Livro

Banquete – Áudio Livro

Recentemente, participei de um projeto maravilhoso, realizado com os recursos de apoio e incentivo à Cultura, Fundação Cultural de Curitiba, Prefeitura Municipal de Curitiba. O projeto reuniu 22 escritoras, sendo 11 do Paraná e outras 11 contistas convidadas – Elisa … Continuar lendo

Poema

SANGRIA

(Evelyn Postali)

— Tudo marra, tudo berra —¹
Coleirinho mestiço, livre de amarras
E aprisionado em terra tupiniquim.
Tudo é bode, tudo pode,
Não há tratado, não há regalo,
É luta incansável, dia sim, dia sim.

— Tudo marra, tudo berra —
Se Getulino ou Barrabaz,
Do agreste ninho, grita em voz partida,
Nada finda, atroz sangria,
É ainda, ainda agora,
No presente, nesta vida sofrida.

Coleirinho agreste, da Costa da Mina,
De poesia solta e ácida,
A ecoar satírica e burlesca
Nas entranhas desta terra.

Ainda é cor-estigma, ainda é bode,
Mal de nascença, preso à gaiola.
Ainda dói, ainda grita, ainda canta
O fogo da liberdade, ainda berra.

— Tudo marra, tudo berra —
Quero os grilhões quebrados,
Almas livres, a dor extirpada.
Quero a gama de cores
Em céu alvissareiro, Luiz,
E a igualdade exaltada.

Nota:

Poema escrito para a cartilha em homenagem a LUIZ GAMA.

1 QUEM SOU EU? (A Bodarrada) – em: Primeiras Trovas Burlescas de Getulino, de Luís da Gama – LITERATURA BRASILEIRA – Textos literários em meio eletrônico.

LINK: AQUI