
Poema IX
Sendo tu quem tu és, indócil criatura,
Aplaca a claridade que de ti vem e me machuca
Entre o doce e o sal da tua pele,
Na onda que bate e leva da areia à morte.
Quero, das radiantes flores tuas,
O perfume que embriaga o pensamento
Nas gotas de orvalho, cálidas,
Sobre as folhas taciturnas.
Agarro-me à pedra que fende a rosa,
Que não sendo nada rompe a terra,
Querendo-te fisgar a sombra e a sorte,
Para que comigo durmas na inquietude.
Um nada, ao sul e ao norte, aponta,
De silêncio se constrói a morte.
Sustenta-me, ó raio de brancura,
De incômodo véu e de invisível ternura.
Tenho nem o que dizer. Apenas bravo! Destes escritos como manifestos de uma inspiração que se liberta é que precisa o mundo literário. Parabéns Evelyn. Abraço.
Fico feliz com isso. Gratidão, Tony. Seus comentários me inspiram a prosseguir na lida. Gratidão!
E que assim seja. Prossiga sempre.