Poema

Créditos da Imagem: Evelyn Postali

Poema IX

Sendo tu quem tu és, indócil criatura,
Aplaca a claridade que de ti vem e me machuca
Entre o doce e o sal da tua pele,
Na onda que bate e leva da areia à morte.
Quero, das radiantes flores tuas,
O perfume que embriaga o pensamento
Nas gotas de orvalho, cálidas,
Sobre as folhas taciturnas.
Agarro-me à pedra que fende a rosa,
Que não sendo nada rompe a terra,
Querendo-te fisgar a sombra e a sorte,
Para que comigo durmas na inquietude.

Um nada, ao sul e ao norte, aponta,
De silêncio se constrói a morte.
Sustenta-me, ó raio de brancura,
De incômodo véu e de invisível ternura.

Publicidade

3 pensamentos sobre “Poema

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s