AUTORRETRATO Evelyn Postali O retrato que eu seguro agora é incompleto. Estão faltando coisas de mim. E o que eu sou, não dá para carregar em malas de viagem. Estão em mim. É minha história. São minhas memórias, meus sabores, … Continuar lendo →
PROJETO: INTERVENÇÃO FOTOGRÁFICA nos RETRATOS dos PROFISSIONAIS e ALUNOS da APAE – Antônio Prado/RS No mês de novembro, fui convidada a desenvolver uma oficina de Arte, extensão do projeto desenvolvido pelo fotógrafo @cauguebo e APAE – Antônio Prado/RS, na pessoa da Diretora … Continuar lendo →
Aqui me tens por completa, Entre a lua e a estrada deserta, Nas minhas folhas pendentes Ao vento, debruçadas. Desdobra tua mão e guia minha seiva. Sou tão forte e pesada em teus passos! Sou tua sombra no luar entrecortada Pelas pedras, pelas ranhuras das taipas. Sonho distante, amontoadas as palavras, São histórias retorcidas nas raízes estendidas. Quero a trilha mais brilhante, Estrelada no horizonte. Assim, me encontrarás perfeita, Inclinada sobre o monte Onde ainda há estrada.
Poema IX Sendo tu quem tu és, indócil criatura,Aplaca a claridade que de ti vem e me machucaEntre o doce e o sal da tua pele,Na onda que bate e leva da areia à morte.Quero, das radiantes flores tuas,O perfume … Continuar lendo →
Queria que a pele rompessee, dela, brotassem logo as asas. Dormia sonhando com elase seguia o dia inteiro com isso. Um dia teimou que era um pássaroe intentou um voo cego. Despencou da mureta do prédio,rumo ao azul infinito.
Backlight ou retroiluminação é a forma de iluminação em que a luz entra por traz de algum objeto. Não é uma fotografia muito simples de fazer. Apesar de oferecer muitos recursos, brincando com o contraste entre luz e sombra, e poder ter esse … Continuar lendo →
Finestre – Occhi Della Fede (Janelas – Olhos da Fé) foi um projeto fotográfico de resgate, renovando os olhares para retomar a proximidade entre a história e os personagens com os quais ela dialoga; de preservação, a fim de sustentar … Continuar lendo →
Mês passado, dia 3, publiquei aqui, no blog, um conto cujo título é A Árvore Que Emoldurava a Lua. E o que tem a ver o conto com aquilo que falarei sobre fotografia? Explico… O título desse conto está relacionado … Continuar lendo →
Nesse post, mostrarei como é que eu transformo uma imagem qualquer em algo totalmente diferente. Já publiquei, aqui, sobre minhas preferências no trabalho das imagens – abstrações simétricas, mandalas, etc. Em cada imagem abaixo haverá uma transformação. Essa é a … Continuar lendo →
Duas imagens… Em Arte, a textura é a forma de uma superfície. São os aspectos que essa superfície apresenta. Rugosa, lisa, entrecortada… É a qualidade tátil da superfície de um objeto. Existem várias classificações para ela, dependendo do autor estudiosa … Continuar lendo →
Veias Toda a vez que em ti me deito e sempre que contigo amanheço, encontro a perdição em teu desejoE minha armadilha em teu calar. Tuas veias arrastam-me em silêncio e tuas mãos se entrelaçam em meu peito.Tua língua serpenteia em … Continuar lendo →
Leva o lixo todo o dia, que agonia! Na quebrada da ladeira, que descia. Escorregou no chão molhado, Foi saco pra todo o lado, Guarda chuva a voar. Uma olhada em seu corpo, tá perfeito. Segue em frente, é o … Continuar lendo →
O trabalho com a fotografia não se resume em imagens puramente figurativas. Muitos artistas trabalham a fotografia como base de construção para outras imagens.
Eu gosto de trabalhar com a transformação das imagens. Muitas vezes, uma imagem comum pode se apresentar como uma possibilidade rica de construção. O processo de criação, no meu caso, é bem simples. Uma imagem qualquer, editada com filtros em algum programa de edição de imagem – PhotoScape, PhotoShop, Corel – se transforma em meu tema recorrente: mandalas ou formas ovais e circulares.
Abaixo, para vocês terem uma ideia, segue a foto original. É um copo-de-leite. É uma fotografia tirada sem qualquer filtro ou transformação, mas, na comparação com o resultado final, temos algo totalmente diferente.
Créditos da Imagem: Evelyn Postali
E aí, o que achou? Gostou do resultado da transformação?
Fotografia é um dos meus interesses diários. Se não é na busca por informação sobre alguma técnica, é lendo algum artigo, ou fotografando alguma coisa próxima. Essa fotografia é de uma flor de suculenta (Haworthia fasciata), feita com a EFS 60mm.
Créditos da Imagem: Evelyn Postali
Para fotografar as flores não uso tripé, mas é aconselhável, para não tremer na hora de clicar. Muitos usam temporizador, marcando os segundos. O tripé é um acessório necessário. Quando eu fotografo a lua, por exemplo, vez ou outra eu uso o tripé, que ajuda bastante na manutenção do foco.
Macrofotografia é o registro dos pequenos detalhes, às vezes, imperceptíveis a olho nu. Segundo os teóricos: Uma foto considerada Macro é aquela onde o objeto é registrado no mínimo em seu tamanho real, em proporção de pelo menos 1:1 e até 10:1, ou seja, entre o tamanho real e aproximando 10x do tamanho real. Acima disso (10:1), a fotografia já é considerada Microfotografia. LINK AQUI
Macrofotografia é um dos meus interesses. E há fotógrafos fantásticos nessa linha fotográfica. Vou deixar aqui alguns nomes e você acessam para visualizar a beleza dos detalhes.
YouPic, como diz o texto explicativo logo a seguir, é um lugar parar entusiastas da fotografia do mundo todo. É um site para se inspirar, aprender fotografia e mostrar seu trabalho, mesmo se for amador. Sou usuária desde 2014 e … Continuar lendo →
“Você sabia que nem só de matas é feita a Amazônia?A artista @evelynpostali apresenta a complexidade da Amazônia. A riqueza da terra firme e a beleza do igapó, passando pela diversidade das águas e nos revelando os povos originários e suas lendas.” … Continuar lendo →
Meu primeiro contato com uma câmera fotográfica foi na adolescência. Ganhei de presente uma Kodak Intstamatic 56x. Isso foi mais ou menos em 1977, se não me falha a memória. Era uma câmera de visor, da Kodak (Alemanha) e Kodak … Continuar lendo →
Oto nasceu em um dia ensolarado e chorou até anoitecer. Depois, pegava no sono pela manhã, ao nascer do dia, quando os pais, exaustos, atracavam-se no batente.
Amava as frutas e quando criança, sua mãe admirava-se com seu paladar, muito diferente dos filhos de suas amigas. O tal ponto positivo contrabalançava os hábitos noturnos.
A rotina da casa foi alterada em função do pequeno. O pai, encontrou um trabalho noturno e a mãe, adaptou-se às exigências tornando-se produtora de eventos, compatibilizando horários.
Com ouvido absoluto, iniciou-se na música. Transposições de harmonias, desarmonias, composições além do mais contemporâneo. O professor admirou-se e, tempos depois, o discípulo superou o mestre.
Em sala de aula, dormia ouvindo a professora e a dificuldade de aprendizado diurno foi superada com aulas extraclasse no vespertino e noite, onde sua genialidade expandiu-se e superou o tempo escolar normal, entrando precocemente para a universidade.
Apesar de recluso, ganhou amigos também ‘estranhos’ aos olhos da sociedade. Vestiam-se de preto, pintavam os olhos, tatuavam o corpo. Separou-se da família ao completar 21.
Oto desapareceu em uma noite, no verão de 69, na beira de um rio, perto de sua cidade natal, onde o grupo acampava. Dos relatos colhidos pelos investigadores, o mais estranho foi de Rúbia. A moça afirmou ter visto Oto ser alçado pelo bando de morcegos e sumir na escuridão da floresta. Mergulhadores estenderam as buscas para além dos limites possíveis. Policiais e grupos auxiliares percorreram a extensão da floresta durante uma semana ininterrupta. Cartazes com a imagem de Oto ainda podem ser encontrados nas delegacias da região e em publicações de familiares e amigos.
De olhar doce e atento, observa o mundo que passa perto. Já brincou, quem sabe não, quem sabe é o tempo. É preciso ser esperta. Passa a vida ali, no sossego, guardando os caminhos, no relento. Se ajeita como pode, no abandono, sem alvoroço. Outro já foi seu dono, carregado sabe como. Contudo, não se queixa. A vida é um pedaço de pão ou osso.
Lembrança de quem se foi (2013). Paquita, guardiã da casa da curva da estrada.