Mês passado, dia 3, publiquei aqui, no blog, um conto cujo título é A Árvore Que Emoldurava a Lua. E o que tem a ver o conto com aquilo que falarei sobre fotografia? Explico…
O título desse conto está relacionado a uma árvore que existia aqui perto, onde moro. Essa árvore era uma Hovenia dulcis, mais conhecida como uva-do-japão. Não era muito grande, quando comparada a outras árvores da mesma espécie. Talvez porque fosse jovem, não sei precisar. Seja como for, essa árvore estava em uma posição privilegiada no topo do morro. De onde eu a via, pode-se ver o horizonte. E, pela posição, Leste, a Lua, sempre que surge majestosa, enfeitando o céu.
A árvore que emoldurava a Lua é essa árvore que o homem tombou.
Fui em busca de algumas imagens para mostrar.
A Fotografia nos proporciona isso: registrar e guardar imagens. Apesar de não traduzir a beleza do momento, de não ser possível traduzir as emoções desses pequenos espaços temporais, ela nos traz, à lembrança, algo que vivemos e, se nossa memória falhar, podemos rememorar e, quiçá, termos outros sentimentos aflorados.
Então, eis quatro imagens da árvore cuja silhueta adornava o céu e, em alguns momentos, envolvia a Lua. Essas fotografias foram feitas em 11 de maio de 2014, entre 18h51 e 18h54.




Para finalizar, posso fazer duas pontuações. A primeira: a Fotografia é uma das coisas que me inspira na escrita, seja com micronarrativas, contos, cenas de um romance, crônica e poesia; é uma incursão sempre feliz. A segunda: dizem que fotografamos, quando somos amadores no meio expressivo, o que temos medo de perder. Creio que essa afirmação é correta. Um dos meus medos é o de perder o encantamento pelo mundo, de não mais enxergar a beleza de um momento qualquer, de não mais sentir a singularidade do que é simples, de esquecer os detalhes que me fazem admirar a natureza e as criaturas que nela existem.
Que lindo texto menina Evelyn. Degustei tuas palavras como se minhas fossem, talvez pelo fato de gostarmos da escrita e da fotografia, mas o fato é que a Literatura e A imagem formam um belíssimo casal. Amo. Parabéns pelo texto menininha. 😘😘😘
Sinto falta dessa árvore no meu olhar. Ficou o fantasma da beleza. A lua, talvez, o charme das linhas dos galhos. Enfim, vamos aceitando o que não nos é possível mudar. A árvore tombou, mas a lembrança permanece como um toque sútil, para me lembrar da fragilidade da existência.
Gratidão pela leitura e comentário.
Grande abraço!
Eu vivi isso com um mamoeiro que tinha. Me apeguei. Arre! 😂😂😂😂