
Romualdo, era um observador da cidade e de seus habitantes. Sofia, sua esposa sempre o instigava a buscar novos passatempos depois do acidente que lhe privou das pernas. Em seus quase setenta anos, depois da partida da amada, abraçou a ausência da mulher e adaptou-se à vida solitária, assessorado apenas por Daniel, jovem de passado desconhecido, contratado por Sofia antes de morrer.
Sem herdeiros, seguiu à risca os desejos finais da consorte e, usando de seu privilégio financeiro, comprou imóveis espalhados pela cidade. Mobiliou-os com o básico. Ocupava seu tempo morando algumas semanas em cada um deles, a pedido da companheira. A cidade, embora pequena, tornou-se seu ponto turístico mais precioso. Romance, sacanagem, traição, divertimento, crime, castigo. Um misto de emoções.
E era assim, munido de um binóculos e uma luneta, que adentrava na vida de cada um de seus vizinhos e intervinha no desfecho de algumas histórias.
― O que temos para hoje, senhor?
― Espere no beco da farmácia. Ela sai às 23h47. Ele vai estar do outro lado da rua e atravessar. Assim que o vir… ― entregou a Daniel a faca.
― Considere feito.
Um sanduiche literário repleto de delícias como ação, suspence e emoção. E o melhor, assinado pela Evelyn. Que beleza. Boa tarde amiga.
Oi! Exercícios de escrita têm essa coisa de não sabermos como será o fim. Não creio que esse tenha resultado muito bom, mas é sempre aceitável desenferrujar. A proposta para 2022 é escrever um por mês pelo menos. Veremos. Gratidão pela leitura e comentário. _/\_
O importante é que você nos brinde com teu talento. Abraço.
Você é sempre muito gentil. ^ . ^
Não tem como ser diferente querida amiga. Abraço.